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XI COLÓQUIO INTERNACIONAL COLEÇÕES DE ARTE EM PORTUGAL E BRASIL NOS SÉCULOS XIX E XX | PROVENIÊNCIAS: HISTÓRIAS DA PROPRIEDADE DAS OBRAS DE ARTE

XI COLÓQUIO INTERNACIONAL COLEÇÕES DE ARTE EM PORTUGAL E BRASIL NOS SÉCULOS XIX E XX | PROVENIÊNCIAS: HISTÓRIAS DA PROPRIEDADE DAS OBRAS DE ARTE
13-15 de novembro de 2024 | Lisboa, Palácio Nacional da Ajuda
pub: 1 de maio de 2024 | atualizado: 10 de outubro de 2024

O XI Colóquio Internacional Coleções de Arte em Portugal e Brasil nos Séculos XIX e XX é dedicado ao tema Proveniências: histórias da propriedade das obras de arte. À semelhança dos anteriores, o evento é promovido pelo ARTIS - Instituto de História da Arte da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa e pelo Programa de Pós-Graduação em Artes Visuais da Escola de Belas Artes da Universidade Federal do Rio de Janeiro e conta com o apoio do Palácio Nacional da Ajuda.


Do termo francês "provenir", "vir de", proveniência é o registo de percurso, ou da viagem de uma obra de arte desde a sua origem até aos nossos dias, ou seja suas histórias de propriedade, pertencimento, origens e passagens.
Apurar a proveniência de uma obra é hoje uma das principais preocupações a nível museológico e uma tarefa essencial da história da arte contemporânea. A pesquisa de proveniência pode ser determinante na atribuição da obra a um determinado artista, ou no estabelecimento da sua autenticidade. É ainda importante como garantia do cumprimento de regras legais e éticas em processo de aquisição de obras, despistando eventuais roubos, vendas abusivas, ou incorporações ilegítimas. Sob a força das armas em ambientes de guerra ou em domínio colonial, muitas obras e artefactos foram saqueados ou retirados ilegalmente a pessoas, comunidades e culturas locais, e têm sido foco de processos de restituição e repatriação.
Construir a história da propriedade das obras implica pesquisa de arquivo de um conjunto diverso de fontes, como testamentos, registos de inventário, correspondência, contratos e recibos de venda, catálogos de coleções, de exposições e de leilões, etc.
A par dos arquivos, a obra ou o artefacto em si constitui por si um importante documento merecedor de análise atenta. Devem ser observadas materialidades e processos técnicos, marcas distintivas como inscrições, brasões, carimbos, ou etiquetas que possam fornecer indicações quanto a proprietários ou agentes de mercado: galerias, casas leiloeiras, etc.
Todo este processo pode ser difícil e resultar num conhecimento lacunar que exige perseverança, pois o ambiente do colecionismo e do mercado da arte refugia-se muitas vezes na sombra do anonimato. Trata-se, pois, de uma área de estudos exigente e desafiadora, mas que não deixa de ser vital para a missão do historiador da arte ou do museólogo.

Organizadoras: Maria João Neto [ARTIS - Instituto de História da Arte (FLUL)] e Marize Malta [EBA-UFRJ]

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