IX COLÓQUIO INTERNACIONAL COLEÇÕES DE ARTE EM PORTUGAL E BRASIL NOS SÉCULOS XIX E XX MODUS OPERANDI
Faculdade de Letras de Lisboa [16 de novembro] | Palácio Nacional da Ajuda [17 e 18 de novembro]
Consulte o programa.
Inscrições abertas até 11 de novembro, condicionadas à capacidade da sala.
O IX Colóquio Internacional Coleções de Arte em Portugal e Brasil nos Séculos XIX e XX promovido pelo ARTIS- Instituto de História da Arte da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa e pelo Programa de Pós-Graduação em Artes Visuais da Escola de Belas Artes da Universidade Federal do Rio de Janeiro, vê esta sua edição associada ao Simpósio História da Arte Hoje, o qual visa assinalar a jubilação do Professor Vítor Serrão (n. 1952).
No primeiro dia, dia 16 de novembro de 2022, o colóquio terá lugar no Anfiteatro III, na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, e nos dias 17 e 18 de novembro o colóquio terá lugar no Palácio Nacional da Ajuda, em Lisboa.
Ambos os eventos científicos procuram refletir sobre o MODUS OPERANDI envolvidos no ofício dos historiadores da Arte, tanto no trato do fenómeno artístico, quanto das coleções de arte.
O momento de homenagem é também o momento de reflexão sobre o estado da História da Arte, em geral e da História das Coleções de Arte em Portugal e Brasil, em particular, na procura das respostas às questões: A História da Arte é importante hoje na sociedade? Como têm se desenvolvido as narrativas a partir das coleções de arte e o quanto interferem nas práticas e fundamentos da história da arte?
Em termos gerais, a História da Arte e a História das Coleções têm vindo a solidificar algumas linhas fundamentais de caracterização, tomando toda a arte da pré-história aos nossos dias:
1) a perspetiva pluridisciplinar de pesquisa em torno da obra de arte e do artista, das coleções e dos colecionadores, reunindo visões plurais e recorrendo a diversas disciplinas humanísticas e científicas, para a clarificação do problema artístico em apreço;
2) a perspetiva trans-contextual da arte, valorizando não apenas o tempo da encomenda e da produção - na sua vinculação temporal (iconográfica, ideológica, estilística, etc.) - mas também o seguimento da vida da obra, incluindo seus proprietários (coleções privadas e institucionais), nos seus momentos de glórias, de indiferenciação ou de silenciamento até ao presente;
3) a perspetiva cripto-artística, na qual o estudo artístico não se limita às existências, pois não podem ser esquecidas as obras de arte e coleções desaparecidas, mutiladas ou mesmo aquelas que não passaram da fase de conceção e projeto;
4) a perspetiva micro-artística, alargando o campo de análise e valorizando a produção dita de periferia ou de esfera regional, ou coleções "triviais";
5) a perspetiva dialética entre a vivência da obra de arte, individualmente ou em coleção, e a sua fragilidade matérica, a qual impõe ao historiador da arte o imperativo da salvaguarda, na ação coordenada de estudo, conservação, musealização e fruição.
Voltar